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Violência contra as mulheres: Chega!

Sd Miyasaki, Sd Utida e Sd Joyce
Foto: Rita Gusmão

A violência contra a mulher é uma realidade alarmante e persistente na sociedade brasileira. Embora seja frequentemente silenciada, ela está presente nos lares, nas ruas, nos relacionamentos afetivos e até nos ambientes de trabalho. Para combater esse mal, é essencial reconhecer os sinais, conhecer seus direitos e, principalmente, buscar ajuda.

A Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006) define que violência doméstica e familiar é crime. Mais do que uma lei, ela representa uma conquista histórica das mulheres brasileiras e um instrumento fundamental na proteção das vítimas.

Entenda o Ciclo da Violência

Muitas mulheres vivem presas em um ciclo silencioso e repetitivo de violência. Esse padrão é composto por quatro fases distintas:

  1. Aumento da tensão:
    O agressor faz ameaças, críticas constantes e cria um ambiente de medo e tensão.
  2. Ataque violento:
    A violência se concretiza – seja física, sexual, verbal ou psicológica.
  3. Lua de mel:
    Após o ataque, o agressor se mostra arrependido, pede desculpas, promete mudar e até oferece presentes. Tudo isso faz parte de uma estratégia de manipulação.
  4. Repetição do ciclo:
    O comportamento abusivo retorna, e o ciclo recomeça, cada vez mais perigoso.

Reconheça os tipos de violência contra a mulher

É importante lembrar que a violência contra a mulher não é apenas física. Ela pode ser sutil e silenciosa, mas igualmente destrutiva. Veja os principais tipos:

Violência psicológica

Atinge o emocional e psicológico da mulher, afetando sua autoestima e autonomia. Pode envolver:

Ameaças, humilhações, manipulações;

Controle sobre comportamentos, crenças e decisões.

Violência física

É a mais visível, envolvendo agressões que ferem a integridade física, como:

Socos, tapas, empurrões, chutes, queimaduras e outros.

Violência patrimonial

Relaciona-se à destruição ou retenção de bens, documentos e recursos financeiros da vítima. Exemplo:

Destruição de objetos pessoais ou instrumentos de trabalho.

Violência moral

Refere-se à exposição pública e desrespeito à honra da mulher:

Comentários ofensivos, humilhação pública e divulgação da intimidade, inclusive em redes sociais.

Violência sexual

Ocorre quando a mulher é forçada a manter relações sexuais contra sua vontade, com uso de força, ameaça ou intimidação.

Mulher, você não está sozinha!

Diante de qualquer forma de violência, não se cale. Procure ajuda. Tenha sempre à mão o contato da sede da Polícia Militar mais próxima de sua residência. A denúncia é uma ferramenta poderosa de proteção e de ruptura com o ciclo de violência.

Disque 190 – Polícia Militar
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher (anônima e gratuita, 24h)

Um apelo à sociedade

A luta contra a violência doméstica não é apenas das mulheres: é um dever de toda a sociedade. É preciso educar, acolher, denunciar e proteger. Não podemos mais tolerar nenhuma forma de agressão. Cada denúncia pode salvar uma vida.

Mulher, não se cale. Sua vida importa. Sua liberdade é um direito. 

 

PARANÁ – POLÍCIA MILITAR


Comprometida com a segurança, proteção e dignidade das mulheres paranaenses.